O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou na manhã deste sábado (17) que foram encontradas "inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem do ano passado", referindo-se ao Exame Nacional do Ensino Médio, de 2019.
Segundo Weintraub, o erro atingiu "alguma coisa como 0,1%" dos candidatos que prestaram o exame – o equivalente a 39 mil candidatos. Já Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, afirma que a falha "não vai chegar nem a 9 mil pessoas”.
Até a noite de sábado, o MEC e o Inep ainda não tinham divulgado um balanço do número de candidatos afetados.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC responsável pela prova, promete ter a situação resolvida até segunda-feira, véspera da abertura das inscrições no Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse não trabalhar com a hipótese de adiar as inscrições.
O governo identificou a falha nas notas a partir de relatos de candidatos nas redes sociais e aposta numa solução rápida do problema. O Inep disponibilizou um email (enem2019@inep.gov.br) para receber reclamações, e Lopes disse que vai analisar todas as mensagens recebidas até a noite de segunda.
Se os questionamentos sobre as notas se avolumarem, porém, o Inep terá dificuldades de garantir a confiabilidade dos resultados.
Ministros do alto escalão do governo indicaram que o Palácio do Planalto não foi informado oficialmente sobre os problemas no Enem. Auxiliares do presidente Bolsonaro disseram ter conhecimento do caso apenas pela imprensa.
A avaliação, tanto de integrantes do governo quanto de parlamentares que acompanham o MEC de perto, é a de que é preciso esperar qual será dimensão do episódio.
NOTA DO BLOG
Na medida que o tempo passa surgem novas queixas de ERROS na CORREÇÃO das provas. Já se tem a informação de que também nas realizadas no primeiro dia ocorreram ERROS, o que o INEP e o MEC preferem eufemisticamente chamar de "INCONSISTÊNCIAS". Se não for resolvido tudo ainda hoje (20/01/2020) a realização do PROCESSO do SISU será comprometida.