04/10/2016 - 12:17:10
Rio - Cada vez mais aguda, a crise financeira estadual leva o governo a adotar atitudes cada vez mais drásticas. Além do decreto que sairá até amanhã, proibindo novas nomeações de servidores, o estado lançará mão de uma enxurrada de demissões de cargos comissionados. Segundo fontes, isso ocorrerá até o fim do mês.
Há informação ainda de que o Executivo estuda publicar outro decreto para exoneração de concursados que estão em estágio probatório, caso ultrapasse o limite de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que não está longe de acontecer.
Nossa opinião:
REDUZIR O NÚMERO DE COMISSIONADOS, principalmente os que não são servidores concursados, e estão onde estão por indicação política, até que seria uma medida correta, mas, todos sabem, que insuficiente. Proibir a nomeação de SERVIDORES, é outra medida paliativa, e que acaba por esconder a ENTRADA PELA JANELA de outras pessoas, via TERCEIRIZAÇÃO e contratação por CLT / VÍNCULOS temporários que se prorrogam de forma indefinida.
Na verdade, quem deveria ser atingido pela palavra DEMISSÃO, é o atual governo do Rio de Janeiro.
Sem condição de governar, completamente impotentes diante da CRISE para qual contribuíram decisivamente, o interino e cansado DORNELLES e combalido FERNANDO PEZÃO, DEVERIAM eles sim, RENUNCIAR ao CARGO.
Isso feito até o final do ANO, o Presidente da ALERJ assumiria e convocaria NOVAS ELEIÇÕES. Se isso ocorrer já no ANO de 2017, com PEZÃO impossibilitado definitivamente e DORNELLES pendurando a chuteira, PICCIANI assume até o final de 2018, podendo até se impor como candidato à reeleição. Essa segunda opção seria uma lástima.
Nós adiantamos aqui, que após a ELEIÇÃO, o RACHA do PMDB aparecia para o público. Isso já está acontecendo. Eduardo Paes atacou o PMDB, e Picciani atacou Eduardo Paes. Os dois atacaram PEZÃO.
Não é reduzindo o número de servidores que o ESTADO vai encontrar a saída do buraco.
Cortem sim os COMISSIONADOS por indicação política, reduzam o desperdício e racionalizem as despesas. Combatam a sonegação e busquem realizar uma COBRANÇA EFICIENTE dos DEVEDORES CONTUMAZES, AINDA QUE SE POSSA UTILIZAR O RECURSO de securitização dessa dívida. Renegociem as ISENÇÕES FISCAIS que foram acertadas, e os contratos com empresas prestadoras de serviço. REVEJAM a política de GASTOS com ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. Peçam ao governo FEDERAL uma linha de financiamento via BB e CAIXA, PERMITAM QUE OS SERVIDORES renegociem suas dívidas e antecipem seu DÉCIMO TERCEIRO.
Em Minas Gerais também há um problema de insolvência semelhante ao do Rio. MAS, LÁ, o governador chamou o problema para si, coloca a cara para fazer anúncio de medidas, estabeleceu um PLANO DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS, que embora parcelado, assegura o salário integral para os que recebem menos. O servidor sabe desde agora que dia vai receber todo o salário em novembro e dezembro. Minas conseguiu uma POLPUDA economia ao renegociar sua dívida com a UNIÃO.
Existe muito para se fazer, mas, para fazer tem que ter credibilidade e "SAÚDE". Com esse governo que está aí, do jeito que está, paralisado sem nenhum poder de articulação e comunicação não nos parece possível encontrar a saída.