POSSIBILIDADE DE PARALISAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO NOS MOLDES DO QUE JÁ VEM OCORRENDO NO ESPÍRITO SANTO DEIXA AUTORIDADES EM ESTADO DE ALERTA.
O Governador Fernando Pezão, chamou ao Palácio Guanabara na manhã / tarde de hoje, o COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR Wolney Dias e o SECRETÁRIO ESTADUAL de Segurança, Roberto Sá.
Pauta da CONVOCAÇÃO URGENTE: A intenção é se informar sobre a "suposta" movimentação de famílias de policiais nas redes sociais e traçar a estratégia a ser adotada caso aconteça uma ação semelhante a registrada no Espírito Santo. A simples reunião, por si só, já deixa claro que, pode sim acontecer a tão temida paralisação.
Por grupos nas redes sociais, as famílias de policiais militares começaram a se mobilizar. Pelo menos 30 foram formados por WhatsApp. Tanto o serviço de inteligência da Polícia Militar quanto o do Exército estão monitorando os grupos. Há preocupação de que a mobilização do Espírito Santo incentive o movimento no Rio.
"O setor de inteligência está monitorando essa mobilização, mas não temos como medir a adesão. Estamos atentos e continuaremos trabalhando", afirmou o major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar.
Tropas militares já estão se mobilizando para o caso de a Polícia Militar fluminense entrar em greve na sexta-feira, 10, a exemplo do que ocorreu no Espírito Santo. Embora o Comando Militar do Leste afirme que há apenas "planejamento" até o momento, fontes confirmaram à reportagem que homens da Brigada Paraquedista estão se apresentando no quartel, para ficarem de prontidão, em caso de necessidade de o Exército assumir a segurança.
NOTA DO BLOG: A PM do Rio, emprega diariamente um efetivo muito acima do que a capacidade das Forças Armadas tem de colocar nas ruas do Estado do Rio de Janeiro. Não há que se pensar só na Capital, mas também na Baixada Fluminense, Região Metropolitana de Niterói e São Gonçalo. Ainda que atuando de forma preventiva, tendo em vista o exemplo do que ocorre no Espírito Santo, não há tempo e nem planejamento para cobrir todo o Estado. Não haverá UPP funcionando em caso de paralisação. Não haverá o policiamento das VIAS ESPECIAIS, apenas para citar duas situações em que a falta dos policiais militares será crítica, e vai resultar com certeza em episódios de violência grave.
Com o crime ORGANIZADO atuando de forma crescente e violenta, já se experimenta por aqui um clima de grande insegurança. Temos hoje uma Polícia desmotivada, e que não dispõe da estrutura necessária para cumprir com o seu papel de garantir segurança. Prova disso é que, em apenas 40 dias do presente ano, 18 PMs foram mortos, em serviço, ou fazendo o chamado BICO. É uma média aterrorizante de quase um a cada dois dias.
O momento AGUDO de incerteza e TENSÃO, é consequência da falta CRÔNICA de governo.
UM estado abandonado, servidores deixados à própria sorte faz mais de ano, passando todo tipo de privação e humilhação. Os cidadãos sem acesso aos serviços básicos.
As reivindicações dos Policiais são mais do que justas. Além de não receberem em dia seus salários, o décimo terceiro de 2016 não pago e gratificações prometidas nunca quitadas, permanecem as demais questões que vão desde falta de atendimento médico, até falta de COLETES, expondo o descaso com que a corporação é tratada, como de resto todo o funcionalismo. E ainda pensam em lhe tirar recursos, VIA MAIS descontos previdenciários.
Se a manifestação acontecer, ninguém sabe o que poderá ocorrer nas horas em que a PM estiver fora das ruas. Uma coisa é certa. O Rio é vitrine, e esse tipo de movimento pode se espalhar.
Se a manifestação não se consumar, ainda assim, a simples possibilidade de ter sido organizada, com os motivos que lhe amparam a razão de ser, já será uma derrota para o governo do Rio de Janeiro. Chegamos no fim da linha. Ninguém aguenta mais. O servidor não aguenta mais, o cidadão não aguenta mais.