EM ESTADO DE GREVE
Na próxima SEGUNDA-FEIRA - 25/01/2016 - os MÉDICOS PERITOS do INSS voltam ao trabalho, encerrando uma GREVE GERAL que durou mais de 4 meses. O RETORNO PORÉM, é condicional e parcial.
Numa estratégia para forçar o governo a negociar, os PERITOS vão fazer somente o atendimento dos SEGURADOS que precisam passar pela PRIMEIRA PERÍCIA para receber o benefício e a licença.
Quem já está de licença, ou quem quer fazer PERÍCIA para voltar a trabalhar, NÃO SERÁ ATENDIDO.
A JUSTIÇA determinou a renovação automática de todas as LICENÇAS e DEVIDOS PAGAMENTOS até a GREVE se encerrar.
Assim, o INSS / GOVERNO, vai ter que ARCAR com mais pagamentos de NOVOS BENEFÍCIOS e por outro lado não terá a redução das despesas com as ALTAS.
A Associação dos Médicos Peritos divulgou uma dura nota atacando a postura do governo.
Ao priorizar um combate desleal com os Peritos em detrimento de uma rápida resolução do caso, o governo preferiu apostar na vitória sobre a categoria pelo cansaço, sem se preocupar com o caos gerado na vida da população que não consegue atendimento. Ao invés do diálogo o governo cortou integralmente os salários dos servidores e iniciou uma série de ataques e ameaças aos Peritos Médicos em todo o Brasil.
Após quase 140 dias de paralisação e sem nenhuma perspectiva de abertura de negociações, nós, Peritos Médicos do INSS, chocados com o descaso do governo e com caos instalado pela gestão, nos sentimos sensibilizados pelo drama da população não-atendida e, por termos ciência que o governo não está se importando com isso e, se necessário fosse, continuaria a deixar os segurados da previdência social na penúria, decidimos em Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 16/01/15 mudar nossa forma de protesto.
Os Peritos Médicos do INSS irão retornar aos postos de trabalho, EM ESTADO DE GREVE, para manter apenas o atendimento essencial, ou seja, aqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Os segurados que já se encontram amparados pelo benefício previdenciário tem seus direitos mantidos e deverão continuar recebendo. Novas paralisações no futuro não estão descartadas.
Esperamos que com essa atitude de distensionamento, o governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a categoria, pelo bem do serviço público e da sociedade brasileira.