As forças de segurança do Rio de Janeiro deverão receber, até o fim deste ano, mais 1.350 viaturas, que serão compradas com verba federal, para reforçar o policiamento no estado. A expectativa é do porta-voz do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), coronel Roberto Itamar. Segundo ele, 70 processos de compra de equipamentos já estão praticamente prontos internamente, só faltando disparar as licitações externas, o que deve ocorrer nos próximos meses.
As licitações serão executadas graças à verba de R$ 1,2 bilhão liberada pelo governo federal. O coronel frisou que o processo de compras é demorado, por se tratar de verba pública, que requer um rito próprio, principalmente na obediência à Lei 8.666, a chamada de Lei de Licitações, que requer uma série de pré-requisitos antes do fechamento do negócio.
“Esse R$ 1,2 bilhão será empregado com todo respeito e lisura, com toda responsabilidade com que está sendo tratado o bem público, dentro da tradição das Forças Armadas. Se não for necessário, não vai ser gasto. Se for, vai ser”, disse Itamar.

Além das viaturas, que envolvem carros de patrulha, camionetes e até veículos maiores, incluindo ônibus, e outros para transporte de presos, deverão ser adquiridos 24.235 coletes balísticos, o que permitirá que cada policial que trabalha nas ruas tenha o seu próprio equipamento.
Também serão comprados, à medida que as licitações se concretizarem, após possíveis recursos judiciais de empresas perdedoras do certame, 1,132 milhão de munições, 10.955 armas diversas, 7 mil equipamentos de proteção, incluindo capacetes e escudos, e 268.847 peças de fardamento.
Com isso, a expectativa é preparar as polícias Civil e Militar para retomar o controle da segurança do estado, após o fim da intervenção federal, previsto para 31 de dezembro deste ano. Ainda assim, será formada uma estrutura de transição, de desmobilização da intervenção, para atuar até junho de 2019, a fim de auxiliar o próximo governador na área de segurança.
A continuidade da intervenção federal no Rio de Janeiro, embora seja uma ideia defendida por muitas pessoas, incluindo políticos, impossibilitaria o Congresso Nacional de votar matérias que tratem de mudanças constitucionais, como a reforma da Previdência. Já operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que preveem participação das Forças Armadas no policiamento, poderão continuar, se for vontade do próximo governador, com autorização do próximo presidente da República.
Edição: Nádia Franco