E ESSA COISA AINDA QUER SER PRESIDENTE
O empréstimo de 2,9 bilhões de reais do BNP Paribas ao Estado do Rio de Janeiro, que tem o governo federal como avalista, deve sair ainda esse ano mas ainda precisa superar uma pendência com o Banco Mundial para que seja liberado, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Segundo ele, no passado, o Rio de Janeiro já tinha usado 20 por cento das ações da Companhia de Água e Esgoto do Estado (Cedae) como garantia a outro empréstimo junto ao Banco Mundial.
"Esperamos que seja liberado o novo empréstimo ao Rio ainda esse ano. Existe uma negociação feita com o Banco Mundial e é importante que seja resolvido o mais rápido possível", afirmou Meirelles a jornalistas.
"Para novo empréstimo, seria uma garantia em primeiro grau dos 80 por cento (das ações da Cedae) e em segundo grau dos 20 por cento e para isso o Banco Mundial precisa concordar", finalizou ele.
Procurada, a secretaria de Fazenda.do Rio de Janeiro não se manifestou prontamente.
NOTA DO BLOG
Em nenhum momento até aqui esse "EMPECILHO" havia sido mencionado.
Estranho que agora tragam isso, quando até sexta-feira passada eram apenas os acertos de cláusulas que estavam pendentes.
Pelo que o Ministro Meirelles diz, já havia uma negociação com o Banco Mundial para resolver essa questão de ser dado um AVAL para a liberação de um novo empréstimo. NEM o governo do Rio, nem a União, colocaram isso em momento nenhum.
Ninguém da imprensa e do mundo dos negócios sabia dessa questão.
Ora, se apenas 50% do valor das ações da CEDAE está agora sendo colocado como garantia, e se outros 20% foram anteriormente colocados como garantia ao BANCO MUNDIAL, ainda restam 30%. Qual o motivo de estar emperrado. A parte que pode caber ao BANCO MUNDIAL não está, teoricamente, sendo colocada em risco.
Se o governo federal quiser, ele pode dar as garantias necessárias, ele é o AVALISTA do empréstimo, e as AÇÕES DA CEDAE garantem o AVAL do governo, e não o empréstimo em si. É o governo FEDERAL quem não quer assumir o risco. Exigiram que o estado entrasse nesse famigerado Plano de Recuperação Fiscal, e agora deixam milhões de pessoas entregues a uma negociação que já deveria ter sido tratada lá atrás.
Como já foi dito aqui várias vezes, essa é uma questão muito mais POLÍTICA do que técnica ou financeira. Infelizmente o governo do Rio de Janeiro está desmoralizado, sem força alguma, o estado perdeu seu PESO no cenário nacional, não tem qualquer protagonismo nesse momento.
É preciso aguardar a manifestação oficial do governo do Rio, pois, pelo visto, essa questão também estava sendo tratada, objeto de negociação e pode ser resolvida como tantas outras já foram.